A transformação no ambiente empresarial é constante. Nas considerações do teórico da inovação, o economista austríaco Joseph Schumpeter, o ambiente empresarial está em constante mutação. Hoje temos as chamadas startups, que alteram a dinâmica criativa nos negócios. Para o diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Henrique de Brito Cruz, na crise não dá para ficar parado. A solução, segundo Brito, é inventar algo para dar continuidade aos projetos de inovação que a empresa tem por obrigação planejar. O pesquisador destaca que o país tem avançado em segmentos com o aeronáutico, o agronegócio e a exploração mineral. Neste cenário, a figura do empreendedor é fundamental e inspira, em todo o mundo, o fomento e a inovação nos pequenos negócios. Hoje, o comerciante, o empresário, o gestor, o diretor, o gerente têm todas as informações disponíveis para tomar uma decisão. Temos as impressoras 3D. A inteligência artificial poderá moldar o colaborador do futuro. Os carros elétricos já são uma realidade.
A nanotecnologia revoluciona a indústria dos cosméticos, dos materiais e uma infinidade de atribuições. Temos a internet das coisas. A tecnologia que dá vida a robôs avança com mais velocidade do que os computadores para processar os dados disponíveis. Tudo isso na chamada era do conhecimento compartilhado. Tenho me questionado sobre o quanto vale ter conhecimento compartilhado em um cenário onde muitos não sabem compreender esse compartilhamento. Em uma era de constante, como define Schumpeter, mutação, por que as empresas continuam a fechar as portas? Por que estamos constantemente demitindo colaboradores? Acredito que por mais que a tecnologia evolua constantemente e que as informações estejam disponíveis, as empresas quebram por não valorizarem o conhecimento técnico. As empresas quebram porque a maioria ainda é familiar, e os interesses familiares estão acima de qualquer título de mestrado, doutorado ou pós-doutorado.
As empresas quebram porque não investem nos funcionários. Qualificação e gestão são atribuições que todas as empresas têm obrigação a ter. Quando você não tem qualificação, acaba por desmerecer o trabalho do outro. Não entende e ainda não pergunta. Baliza conhecimento por preço cobrado. Utiliza de expressões rasas de conhecimento, como "eu tenho experiência de vida", ou "pesquisei na internet e aprendi", ou pior de todas "aprendi com a faculdade da vida". Se na sua empresa acontece alguma das considerações deste texto, comece a se preocupar. O cenário político e econômico que nos espera não vai tolerar amadores. O discurso vazio do "eu acho", do "eu tenho certeza" e os consultores mágicos, como eu chamo "embaladores de vento", não terão vida longa no ano de 2018.